Textos literários

A história de Santa Catarina da Medalha Milagrosa – Parte 8

Nessa oitava parte do livro sobre Sainte Catherine Labouré, vamos ler sobre a difusão da medalha milagrosa e porque ela foi chamada dessa forma pelo povo francês. Além de conhecer essa linda história, você também treina nosso idioma. Você encontra as sete primeiras partes do livro “Sainte Catherine Labouré” nos links a seguir: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4, Parte 5, Parte 6, Parte 7

Como se diz em francês ?

Graças a Deus !

Essa expressão é muito comum na boca dos brasileiros e portugueses. Todo o vocabulário que se refere às crenças religiosas está muito presente na maneira como se expressam os dois povos. Na França era igual até a Revolução francesa. Na Revolução, a religião católica foi desafiada a ponto da Igreja perder seus bens e das palavras que se referiam à religião cairem em desuso e em depreciação. Mas é claro que a expressão Graças a Deus também existe em francês, é Grâce à Dieu. Você poderá dizê-la e será entendido, e de alguma forma surpreenderá seu interlocutor nativo. O curioso, é que ao mesmo tempo que a expressão em francês é muito pouco usada, o nativo usa de forma comum a expressão árabe, Inshallah, para dizer Se Deus quiser.

Gírias francesas

“Se prendre une beigne”

“Beigne” em francês significa “tapa”, e “se prendre une beigne” é levar um tapa, normalmente, na cara. “Filer une beigne” é “dar um tapa” em alguém. Há registros dessa palavra desde o século 14. Seu significado remete ao inchaço que ocorre quando se leva um golpe na cabeça. Alguns dicionários relacionam a palavra com um bolinho frito que incha ao ser colocado no óleo, chamado “beignet”. No Brasil esse bolinho tomou o nome inglês de “donut”. Vamos ver como usar?

Cultura francesa

Le Procope, desde 1686 em Paris

Fundado em 1686 pelo italiano Francesco Procopio Dei Coltelli, esse restaurante mítico é o mais antigo café de Paris. Seu sucesso foi imediato pois Procópio trouxe o sorvete da Italia e não era algo que se conhecesse na Paris da época. Desde muito cedo, o restaurante se especializou no que se chama de Cuisine Bourgeoise em contraposição à cozinha dos camponeses, e suas receitas seguem até hoje sendo servidas e aplaudidas. Não perca o tiramisu também trazido por Procópio da Itália. Em 1687 uma feliz coincidência leva o grupo de atores do Rei, a troupe de Molière, a se instalar no edifício em frente ao estabelecimento (ficou ali até 1770) e transformou o estabelecimento numa espécie de antessala do teatro, garantindo-lhe, por mais de 200 anos, um excelente movimento. Com essa conexão com o público que frequentava o teatro, o ar respirado no Le Procope passou a ser cheio de literatura e ciência. Molière, La Fontaine, Racine, Regnard entre outros faziam parte dos frequentadores que iam até lá para ver e serem vistos, ou ainda ler o La Gazette e Le Mercure Galant, se informar ou comentar os fatos políticos e sociais dessa segunda metade do século 17. A decoração lembra cada momento da história durante três séculos. Sua fachada exibe as grandes figuras das Luzes. É conhecido como restaurante-museu e como transmissor autêntico da cozinha burguesa francesa. Em 1962, foi tombado como Monumento Histórico. No século 18, o local era o predileto dos filósofos das Luzes. Conta-se que Diderot teria escrito ali partes de sua famosa Encyclopédie. Voltaire, Rousseau, Molière, entre outros, frequentaram o Le Procope como sua segunda casa. E pasmem! Benjamin Franklin também! Considerado centro nevrálgico da Revolução francesa, ele atraiu ao longo do tempo personalidades como Victor Hugo, George Sand e até mesmo Napoleão que deixou seu chapéu como garantia de pagamento. Como o chapéu ainda se encontra lá, pressupõe-se que ele não tenha pago a conta. Les Lumières (As Luzes) são um movimento cultural, filosófico, literário e intelectual, nascido na Europa no século 17 e que influenciou os revolucionários americanos e franceses no século seguinte. Baseado nos valores de tolerância, liberdade e igualdade, o Movimento enaltecia a razão em detrimento da fé e das crenças, e a burguesia, em detrimento da realeza e do clero. Os grandes representantes franceses das Luzes na França do século 18 foram Voltaire, Montesquieu, Diderot e Jean-Jacques Rousseau. Em sua próxima viagem a Paris, não deixe de conhecer. Reserve antes. Le Procope: 13 Rue de l’Ancienne Comédie, 6ème arrondissement, Metrô Odeon – Site: www.procope.com

O que significa em francês ?

“à califourchon”

A origem da palavra é desconhecida, pelo menos sua primeira parte “cali”. A segunda se refere à palavra “fourche” que entre outros significa o encontro das costuras entre as pernas de uma calça na altura do pubis. “Cali” poderia vir de cavalo uma vez que a expressão se refere à posição quando se está sentado sobre um cavalo. Mas não se sabe ao certo. O fato é que essa expressão “à califourchon” quer dizer em português “montado(a)” ou seja posicionado de pernas dobradas e abertas cada uma de um lado, como quando se monta a cavalo. Muito antiga, essa expressão já aparece na literatura francesa da Idade Média. E até hoje se mantém em uso no sentido próprio ou figurado significando uma mania. Vamos ver exemplos nas frases a seguir? Mais uma expressão para você que está estudando francês.

Dicas de francês

A pronúncia das palavras com “ille”

Esse artigo é para você que está aprendendo francês. A maioria das palavras que contém “ille” em francês tem um som diferente de 3 palavras que são excessão a essa regra: ville (cidade), mille (mil) e tranquille (tranquilo). Todas as outras se pronunciam com outro som. Vamos ver isso com os exemplos abaixo.

Músicas francesas

Il est 5 heures … Paris s’éveille (ZAZ)

Em 1968, Jacques Dutronc – cantor e ator de imenso sucesso, casado com Françoise Hardy com quem teve o filho Thomas em 1973, hoje também cantor de sucesso como seus pais – lança esse título que durante anos e até hoje é cantado por todos. Em 2014, por ocasião do aniversário de 70 anos de Jacques, na Córsega, onde mora, ZAZ interpreta a canção de forma nova e original dando-lhe ares de atualidade. A letra é muito rica e é perfeita para o estudo do francês. Aprenda a cantar mais esse ícone da música francesa contemporânea.

Expressões do Quebec, da Bélgica e da Suíça

“Se tirer une bûche” … o que é isso?

Você que está aprendendo francês tem nos artigos desse site uma ferramenta suplementar para seus estudos. Use-o sem moderação! A expressão que vamos estudar hoje vem do Canadá. É muito interessante ver as diferenças entre o francês da França e o francês falado no Quebec. Essa é uma expressão que só podia existir no Canadá, gelado, coberto de florestas, em que uma das atividades de sobrevivência comum a todos, desde que nossos conterrâneos se instalaram na América do Norte no século 17, é a de cortar árvores. Tudo no Canadá gira em torno da madeira, as casas tradicionais são de madeira, o fogo ainda era alimentado pelo carvão até pouco tempo atrás, tanto para comer quanto para se aquecer nos meses do grande frio. Em francês, “bûche” significa um tronco de árvore, cortado para ir ao fogo. Mas na França não faz sentido essa expressão. O que será que nossos irmãos canadenses querem dizer com isso? Pois bem, essa expressão do Quebec significa “puxar uma cadeira”. E por que o uso dessa palavra “bûche”? Vem do costume do início da colônia de sentarem em troncos de arvores nas florestas ou durante a construção de suas casas de madeira e mesmo dentro de casa onde os móveis eram feitos por cada colono. Na França a gente sentava em tronco na época dos gauleses, por isso não damos significado para essa expressão quebequense mais recente. Mas se estiver interagindo com o francês do Canadá, você vai esbarrar em algum momento com alguém lhe convidando para puxar um tronco de árvore para tomar uma cerveja! Melhor saber a que ele ou ela se refere! 😉 Vamos ver como se usa essa expressão nas frases a seguir.

Textos literários

A história de Santa Catarina da Medalha Milagrosa – Parte 7

Nessa sétima parte do livro sobre Sainte Catherine Labouré, vamos ler sobre as aparições de Nossa Senhora a Irmã Catarina. Além de conhecer essa linda história, você também treina nosso idioma. Você encontra as seis primeiras partes do livro “Sainte Catherine Labouré” nos links a seguir: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4, Parte 5, Parte 6. Boa leitura! E bons estudos!

Dicas de francês

“Merci de” ou “merci pour”?

Essa é uma dúvida recorrente até entre nativos. Afinal é merci de ou merci pour? Sim, existem as duas maneiras. Mas isso segue as regras seguintes: Regra 1 : quando merci é seguido de um nome, você tem a escolha entre de e pour. A Académie Française não determinou nenhuma regra aqui, portanto a escolha é livre! Por exemplo: Merci de votre attention – ou – Merci pour votre attention. Regra 2 : Quando merci precede um verbo no infinitivo, então ele é sempre seguido por de  : Por exemplo : Merci d’avoir écrit cette lettre. Merci de manger rapidement votre nourriture. Vamos treinar francês com mais frases de exemplos?

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